Os acordes, as batidas nas cordas do violão e cada verso me diz uma coisa... O coração disparado não se acalma e tudo ao meu redor parece sem sentido. O seu silêncio me machuca. A sua ausência me faz querer desistir, mas eu sei que você me apoia sem eu saber, e diz para eu me segurar.
É difícil aceitar todo esse tempo que passou. É complicado ver como tudo correu tão rápido. É triste ter que aceitar que o tempo não volta. E apesar de tudo, apesar de me falarem para não lembrar e me entristecer, mas para lembrar e sorrir, eu não consigo. No meu caminho eu só encontro culpa. Culpa de não ter te abraçado o suficiente, de não ter te beijado o suficiente, de não ter falado que te amava (é, eu não lembro de ter falado que te amava mesmo te amando. E muito.). Nada do que fiz parece o suficiente perto da sua beleza, da pureza de seu coração tão grande que aceitava a todos. E hoje só posso enxugar minhas próprias lágrimas e escrever - escrever para o nada e para o ninguém, já que você não vai ler.
Cada vez que vejo alguém como eu era, uma revolta me toma, mas com que direito posso falar algo? Nenhum. Afinal, quem era eu? Exatamente assim.
E a música vai terminando, e minha inspiração também.
Só queria te ter aqui mais uma vez para te abraçar e dizer que sinto sua falta. Que se você não tivesse partido há tanto tempo, tudo seria diferente, mas talvez eu não soubesse de tudo isso, e então de nada adiantaria.
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