sexta-feira, 25 de maio de 2012

Prosa

Realmente não sei o que me deu. Vontade de desabafar, sabe? Conheci tanta gente de uma vez. Amei cada um deles de uma vez... E ao mesmo tempo não senti nada. Não é estranho? Tenho saudade de cada um deles, daqueles dias... Mas tenho medo. Decepção é uma constante em minha vida. Nem quero fazer drama, até porque eu sei que (quase) ninguém lê e quem lê tá de passagem. A vida é isso então? Gente apenas passando por nossas vidas? Nada fica? De que vale então? Não sei.
Falei muito. Falo muito. Mas me parece que são só palavras que saem aleatoriamente. Parece que meu riso não me pertence. Sinto como se fosse uma máquina fria e morta emitindo sons socialmente aceitáveis. E ainda me resta essa necessidade de conversar. De falar de algo real pra mim. De falar algo que eu sinta. Mas eu não sinto...
Se eu me sinto bem em alguns dias? Sim, mas depois parece algo tão... forçado... morto... distante.
Não acredito em meu riso no segundo seguinte. Me vejo de fora e não me reconheço. Quem sou eu afinal?
Preciso me ocupar dos outros. Preciso ouvir, preciso aconselhar. Isso eu vejo como algo que me move. Sinto uma força dentro de mim que consegue empurrar quem precisa para cima... Mas eu? Eu fico aqui embaixo, na lama...
Talvez seja a chuva e o frio... Talvez seja o sono... Talvez seja eu.

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